Mané Shangai – uma cantora de casino
A cantora sente-se bem nos grandes palcos.
Mané Shangai quer aprimorar conhecimentos em busca de uma carreira que atravessa o canto e a moda, num caminho onde a comunicação dentro das artes está presente.
Fomos encontrá-la a cantar. Depois, a conversa promoveu esta entrevista, conduzida por António Jorge Lé.
Vamos conhecê-la.
Há, presentemente, inúmeros intérpretes da canção. Que diferença encontramos no estilo e na voz da Mané Shangai?
Todos nós temos um ritmo interior, uma identidade sonora que nos diferencia uns dos outros.
Creio que o que me identifica é a interpretação associada à constante procura de mistura de estilos, de improvisar e desenvolver a criatividade. Cantar é a maneira que tenho de exprimir aquilo que sou.
A interpretação vai muito além da letra na própria melodia, procuro um sentido que traduz uma emoção, que conta uma história a quem me ouve.
Por tudo isto, decidi dar uma roupagem nova a músicas muito conhecidas do público em geral, intemporais e que marcaram gerações, mas com uma interpretação muito própria, de modo a transmitir o que sinto quando as canto, provocando emoções em quem me ouve.
Que ambição esconde o trajecto desta carreira?
Durante anos, a minha ambição foi procurar o estilo que mais me definia, porquanto cantar é uma paixão tão grande que, desde que seja música, canto qualquer estilo.
Felizmente, encontrei-me no jazz, na bossa nova e a minha ambição é, sem dúvida, ter a oportunidade de cantar em grandes “casas”, ter sucesso e reconhecimento.
Os casinos são o alvo a atingir no que diz respeito a atuações?
Sim, claro.
O ambiente que se encontra quando se vai a um casino é totalmente diferente daquele que se encontra noutros lugares com música ao vivo. As salas de espectáculo são lindíssimas. O ambiente que se respira nesses espaços é sofisticado conjugado com o glamour do entretenimento.
Os casinos são, por natureza, locais que apelam a um status diferenciado onde se denota um padrão estético e valorativo elevado, pelo que é aí que encontro público que valoriza o meu trabalho enquanto cantora, fazendo-me entrar como que numa outra realidade de extremo requinte, que muito me agrada.
Que sorte procura esta cantora?
Espero continuar a poder partilhar as minhas canções com o público, especialmente nas salas de casinos e grandes hotéis.
E se hoje canto versões de temas conhecidos, que um dia possa cantar os meus próprios temas originais de jazz, bossa nova e r&b.
(Entrevista, conduzida por António Jorge Lé)