«O sítio mais fascinante do mundo», chamou-lhe um escritor. «O centro do mundo ocidental.» O duque e a duquesa de Windsor, o duque de Alba, o rei da Roménia, o príncipe da Suécia, o príncipe da Polónia e a princesa da Grécia e a da Dinamarca estavam lá. Parisienses ricos, incluindo os Guggenheims, também por lá andavam. A Cidade da Luz tornara-se a Cidade do Refúgio, a «última das capitais felizes» e «o porto da boa esperança».
O New York Times descreveu o local como uma «autêntica colmeia» de atividade.
Neste lugar ficavam o maior casino da Europa, um castelo do século VI, uma catedral do século XII e os resquícios de um teatro romano construído pelo Imperador Augusto no século I.
(…) Aviões britânicos e alemães estavam estacionados lado a lado na base aérea de Sintra e os espaços de propaganda dos dois países ocupavam muitas vezes lojas adjacentes. Os espiões dos Aliados e do Eixo partilhavam hotéis e sentavam-se ao lado uns dos outros em bares elegantes. Judeus ricos descontraíam prazerosamente na praia do Tamariz sob o olhar tépido dos agentes da Gestapo.
(Excertos do livro “Na Toca do Lobo” de Larry Loftis, página 45)